domingo, 7 de julho de 2013

Obra aberta


Ousei.

Fiz um livro
com todos os capítulos ímpares
em respeito a meu protagonista,
um mitológico juiz imparcial.
Pode parecer esquisito
à primeira vista
e muitos perguntarão
porque não usei os números pares,
mas o que importa para mim
não é o significado por trás disso
e sim seu conteúdo enquanto literatura.
Chamaram-me de o novo Caetano Veloso
e eu não gostei
já que acredito que personalidade
é um traço que não se empresta a ninguém.
Prefiro que me leiam
a tirarem conclusões precipitadas
e, principalmente, criarem rótulos
que simplesmente não funcionam comigo.
O que interessa,
no final das contas,
é o livro
(que, por sinal, até agora você não leu)
e que suas palavras repercutam
de alguma forma.
Pode parecer pouca coisa
pra quem está de fora
mas pra quem produz
qualquer reação
é sempre muito.

E aí?
Vai ler ou não?

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