segunda-feira, 22 de julho de 2013

...e tudo por causa das nádegas de April


É inevitável: toda mulher que desfila na rua vestindo calças justas de ginástica moldando o corpo será refém dos olhos capciosos dos homens que passam. Não interessa se a sua bunda é majestosa como a da Mulher Melancia ou magra como a da Gisele Bundchen, eles olham assim mesmo. Olhar é gentileza: devoram, perseguem, aprisionam as nádegas balouçantes que trafegam tranquilamente pelas calçadas, mal sabem elas o quanto são amadas e, principalmente, cobiçadas em sua majestade. No caso de April, uma americana que se mudara para o Rio de Janeiro para fazer o seu doutorado em Marketing Cultural, era uma situação à parte. Nunca se vira - pelo menos, até hoje - nádegas americanas como aquelas. Ela fugia completamente do estereótipo das mulheres dos EUA, verdadeiras tábuas sem volume. E tudo isso graças a três horas e meia diárias de exercícios e spinning. Os homens babavam como loucos ensandecidos diante de sua presa. Não tinha namorado e não havia notícias de que fosse lésbica. Simplesmente optara pela solidão momentânea. E os homens, ao saberem disso, a cortejavam diariamente, faziam de tudo por um encontro. E ela, perversa, dizia sempre não. Quando passava com sua minissaia rosa, então, era um Deus nos acuda. O número de acidentes nas estradas nunca aumentara tanto. 

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