segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O amor morreu ou fui eu que fiquei cego?


O amor, nos dias de hoje, só acontece do jeito que queremos nas telas de cinema (e ainda assim há controvérsias, se pensarmos em determinados cineastas). No geral, lá até mesmo as discussões de relação são mais verdadeiras, extrovertidas, e há respeito mútuo e não um desejo em comum de prevalecer sobre o próximo. Os beijos são mais calientes, o sexo é mais sedutor, carnal, e as amantes - quando se fazem presentes - não são cínicas ou dissimuladas como certas patricinhas que andam dando as caras em eventos sociais e capas de revistas. Existe um sentimento de espontaneidade, de que mesmo nos momentos de aflição ou revés o reencontro com a felicidade é uma questão de tempo.

"Onde foi parar o romantismo?", dizem as capas dos inúmeros best-sellers que abarrotam prateleiras de megastores sem, no entanto, fornecer nenhuma resposta digna de nota. Tudo o que rodeia o amor contemporâneo parece mesquinho, combinado antecipadamente, sem glamour ou pompa alguma. Como um programa pobre de telvisão, cheio de clichês e piadas repetidas que só fazem rir ao mais célebre dos idiotas midiáticos.

E no final o que fica é a sensação de que não somos mais úteis, de que nenhuma relação amorosa que tivermos daqui pra frente fará mais sentido e o isolamento (seja em redes sociais, seja trancado em casa, seja vivendo no limbo mesmo que esse limbo seja o seio familiar) não preencherá 1% de nossas expectativas, mas ainda assim será mais "fácil" lidar com ele do que com pessoas de carne-e-osso.

E chamarão isso de vida!

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