Eu sabia que Heloísa seria problema desde o primeiro minuto em que a vi dançando em cima daquela mesa na boate. Ela era o exemplo vivo e encarnado da luxúria e, onde quer que passasse, atraía para si a atenção de todos. Mas de nada adiantou. Quando o coração bate mais forte, já viu! Eu tive que ir me apresentar a ela - bem, na verdade, a amiga dela, Helena, que adiantou o meu lado e devo isso a ela, confesso, até hoje -, contar um repertório sem fim de piadinhas sem graça e cantadas idem, até conseguir o número do seu celular para, então, travar uma nova luta: quando ligar? O que dizer? Estarei sendo repetitivo? Pareço estar desesperado ou encalhado demais? E, quando finalmente, conseguir marcar o primeiro encontro, descobrir que ela é uma pessoa mais simples do que você pensava e você já tinha se preparado para toda a sofisticação possível, mas ela só quer ir ao cinema.
Dois meses de namoro depois, seis transas depois (sim, eu contei), festas, baladas, um mundo de raves depois. E começa o maior problema de todo relacionamento que se preze: você começa a saber demais sobre a outra pessoa. E saber demais sobre Heloísa foi justamente o que me destruiu.
Os ex-namorados que ligavam pra ela em telefonemas maliciosos, as amigas antipáticas que queriam saber tudo sobre o nosso namoro, principalmente como eu era na cama, se valia a pena, se era hora dela dar um toco em mim, dar um tempo, me valorizar mais, os pais de Heloísa, o coronel linha-dura J. Soares e sua mulher esquizofrênica, Mathilde, fazendo todo tipo de comentários negativos. Seu maior desejo: que terminássemos para que ela pudesse arranjar um casamento entre Heloísa e Augusto, o primo almofadinha, mas cheio da grana, filho de pais empresários.
E depois disso tudo, você ainda conhece outras garotas na farra, aquela que passa de shortinho quando você está jogando pelada no aterro do flamengo, ou a da fila do cinema que piscou pra você, ou a do show do Casuarina no Circo Voador, que te deu a maior bola, mas como estava acompanhado não podia tomar nenhuma atitude. E, no fim das contas, quando você anota na sua calculadora mental quantas foram, se dá conta que é hora de dar no pé.
E você, simplesmente, dá no pé.
Adeus, Heloísa, foi um prazer e coisa e tal, mas tá na hora de cada um tomar o seu rumo, não vai dar certo, não vai passar disso, etc, etc, etc...
E aí vem o xeque-mate: fica sabendo que ela já saía com um outro cara além de mim e não tinha o menor interesse em me contar. Sacanagem.
Resultado: Vocês acham que eu fiz isso? Terminei o namoro da maneira oficial?
Nada.
Eu simplesmente sumi. Outro dia desses a vi saindo de um teatro na Gávea e me escondi atrás de um caminhão que estava estacionado na rua. Graças a Deus, ela não me viu! Se bem conheço ela, ia ser um quiproquó dos diabos.
Dois meses de namoro depois, seis transas depois (sim, eu contei), festas, baladas, um mundo de raves depois. E começa o maior problema de todo relacionamento que se preze: você começa a saber demais sobre a outra pessoa. E saber demais sobre Heloísa foi justamente o que me destruiu.
Os ex-namorados que ligavam pra ela em telefonemas maliciosos, as amigas antipáticas que queriam saber tudo sobre o nosso namoro, principalmente como eu era na cama, se valia a pena, se era hora dela dar um toco em mim, dar um tempo, me valorizar mais, os pais de Heloísa, o coronel linha-dura J. Soares e sua mulher esquizofrênica, Mathilde, fazendo todo tipo de comentários negativos. Seu maior desejo: que terminássemos para que ela pudesse arranjar um casamento entre Heloísa e Augusto, o primo almofadinha, mas cheio da grana, filho de pais empresários.
E depois disso tudo, você ainda conhece outras garotas na farra, aquela que passa de shortinho quando você está jogando pelada no aterro do flamengo, ou a da fila do cinema que piscou pra você, ou a do show do Casuarina no Circo Voador, que te deu a maior bola, mas como estava acompanhado não podia tomar nenhuma atitude. E, no fim das contas, quando você anota na sua calculadora mental quantas foram, se dá conta que é hora de dar no pé.
E você, simplesmente, dá no pé.
Adeus, Heloísa, foi um prazer e coisa e tal, mas tá na hora de cada um tomar o seu rumo, não vai dar certo, não vai passar disso, etc, etc, etc...
E aí vem o xeque-mate: fica sabendo que ela já saía com um outro cara além de mim e não tinha o menor interesse em me contar. Sacanagem.
Resultado: Vocês acham que eu fiz isso? Terminei o namoro da maneira oficial?
Nada.
Eu simplesmente sumi. Outro dia desses a vi saindo de um teatro na Gávea e me escondi atrás de um caminhão que estava estacionado na rua. Graças a Deus, ela não me viu! Se bem conheço ela, ia ser um quiproquó dos diabos.
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