sexta-feira, 14 de junho de 2013

O abecedário do amor?!





Tive mulheres de A a Z,
todas elas problemáticas de alguma forma:

Ana Lúcia reclamava demais
da minha psicose por futebol.

Beatriz não me deixava sair aos sábados
para beber com os amigos.

Carolina era intelectual em excesso
e recriminava a minha falta de instrução
e meu jeito livre,
sem essas paranoias de gente acadêmica.

Daniela foi um caso a parte:
só dávamos certo na cama,
entre quatro paredes.

Foi a menos complicada.

Elisa nunca aceitou o fato
de eu não gostar do The Smiths
e preferir o rock pauleira
do Metallica e do Iron Maiden.

Fernanda só queria saber de teatro
e abria mão até sexo para isso.

Tinha que ver: era patético!

Gisele poderia ser até agradável
se não fosse farrista e fumante demais.

Helena adorava um melodrama
e queria discutir a relação o tempo todo.

Isis curtia selos e comic books.

Preciso dizer no que isso foi dar?

Janete queria seguir carreira política:
acabou assassinada.

Queima de arquivo num escândalo
envolvendo dinheiro da Prefeitura
e um modelo publicitário nu
morto dentro de uma hidromassagem.

Kelly gostava de cantar
no chuveiro,
no karaokê,
nas festas,
assistindo o American Idol.

torrei a paciência e fugi de casa.

Laís era a mais comedida de todas.

Também...
Era beata.

Não ia dar certo nunca
(parava pra rezar o pai-nosso a cada intervalo).

Mônica era ninfomaníaca lésbica.

Só flertou comigo naquele bar
para despistar um ex.

Só fui descobri quase um ano depois.

Se pelo menos fosse bissexual, ainda vai.

Nádia era evangélica.

Resultado: seis meses de discussão,
seis meses dela querendo me converter.

Meti o pé.

Olinda era uma cozinheira de mão cheia
e uma namorada sofrível.

Empurrei ela pro meu primo
e completaram dois anos de casado ontem.

Patrícia foi a que mais tempo durou:
cinco anos e meio.

O problema é:
sabe com quantos nos relacionamos
extra-conjugalmente nesse tempo?

Queila foi a do vaivém.

Fica um pouquinho,
separa um pouquinho,
mas era detalhista demais.

Acabou conhecendo um cara da Marinha Mercante
e nunca mais a vi.

Quer saber? Graças a Deus!

Rejane foi colega dos tempos de faculdade
e namorada do meu irmão caçula.

Tinha tudo para não dar certo
(e não deu)
mas pelo menos o sexo era animal
e ela usava uma cinta-liga
que era a maior covardia para qualquer homem.

Sílvia era dona de uma agência de call girls
e eu tinha a ligeira impressão
de que também dormia com algumas de suas garotas.

Tereza era quase uma Capitu de subúrbio
e até hoje eu estou na dúvida
se ela me traiu com o vizinho ou não.

Ursula era gentil,
dengosa,
amiga
no primeiro ano,
do segundo em diante
virou amarga,
piranha
e fácil
e eu botei ela pra correr
que era a melhor opção que eu tinha na época.

Até hoje não me arrependo.

Vânia foi a mais velha de todas.

Sabe aquela história
de que mulher mais velha
sempre é uma experiência e tanto
na vida de um homem?

No caso de Vânia, pode descartar.

Pra ficar com ela
prefiro as de 18.

Wanessa tinha mania de grandeza.

Queria viver no luxo,
com motorista,
mansão
e coisa e tal.

Só não queria trabalhar.

E olha que ela nem era essa boniteza toda!

Xena era louca,
louca mesmo,
a junção de Madonna com Nina Hagen
com direito a cabelo vermelho,
roupas negras justas no corpo
e piercings por quase 50% do corpo.

Adotou um cachorro
e quando me dei conta
tinha desaparecido.

A última notícia que eu tive dela
é que havia montado um site
onde apresentava shows de striptease.

Como eu disse: era louca.

Gostosa, mas louca.

Ylia queria ser jogadora de futebol
não conseguiu,
queria ser cantora de ópera
também não conseguiu,
astronauta:
adivinha?
Isso mesmo!
E o nosso namoro?
Foi pelo mesmo caminho.

Nunca conseguia realizar nada
e acabei me cansando dela
justamente por isso.

E finalmente Zaíra,
a morena dos olhos amendoados
que conheci através de meu pai
e acabou se tornando minha amante
por um ano e meio
até que se sentiu amargurada
e veio me dizer que não sabia ao certo
a quem estava traindo.

Fiquei sabendo outro dia desses
que ela anda morando
com uma colega de trabalho
e são mais do que amigas.

Que desperdício!

Moral da história:
depois de todo esse perrengue
estou sozinho há quatro anos
e está muito bom do jeito que está.

De problema agora eu quero distância.

Se precisar de uma mulher
ligo pra uma dessas agências da zona sul
contrato uma garota nova
por uma, duas horas no máximo
e resolvo o meu problema.

Esse negócio de compromisso
não tá com nada não,
quer saber?

Deixa eu na minha
que é melhor.

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